Prevenção do câncer de pele: saiba como detectar precocemente
O câncer de pele é o tipo de câncer mais…
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                O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no mundo. Em 2021, foram registrados cerca de 6,6 milhões de novos casos de câncer de pele, com aumento constante nos últimos 30 anos. Por isso, quando se trata de prevenção do câncer de pele é importante que o assunto tenha espaço para entendimento da importância.
O carcinoma basocelular é o mais frequente, seguido pelo espinocelular. Já o melanoma representa cerca de 1% dos casos, mas é responsável pela maioria das mortes por câncer de pele [1].No Brasil, o câncer de pele também é bastante prevalente, representando 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Os tipos não-melanoma correspondem a cerca de 31,6% dos casos de câncer diagnosticados anualmente, enquanto o melanoma representa cerca de 1% [2].
O risco é maior em regiões com predominância de pessoas de origem europeia, como o Sul e Sudeste, onde há mais casos por 100.000 habitantes [3,4].
Devido a sua relevância em saúde pública, campanhas de prevenção do câncer de pele e de conscientização do câncer de pele, como o Dezembro Laranja, vêm sendo cada vez mais reforçadas para tentar diminuir estes números.
Neste conteúdo, você encontrará informações muito importantes sobre os tipos de câncer de pele, formas de prevenção, risco hereditário e formas de diagnóstico. Confira!
 
O câncer de pele é uma neoplasia que se origina nas células que compõem a pele e, conforme já mencionado, está entre os tipos de câncer mais diagnosticados no mundo. Classifica-se principalmente em melanoma e carcinomas de queratinócitos, que incluem o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular [5,6].
O melanoma representa uma menor proporção dos casos, porém possui comportamento mais agressivo. Já os carcinomas de queratinócitos são mais frequentes e, em geral, têm evolução favorável quando diagnosticados precocemente [5,6].
A prevenção do câncer de pele desempenha papel central porque a maioria dos casos está relacionada à exposição à radiação ultravioleta (UV), um fator de risco modificável.
Intervenções simples, como uso regular de protetor solar, roupas adequadas e evitar a exposição solar em horários de maior radiação UV, podem reduzir expressivamente a incidência e a mortalidade, conforme veremos a seguir [5,6].
Embora qualquer pessoa possa desenvolver câncer de pele, determinados grupos apresentam maior vulnerabilidade em razão de características genéticas, imunológicas e ambientais:
É importante destacar que a identificação desses fatores permite direcionar ações preventivas e estratégias de rastreamento. O reconhecimento precoce de lesões suspeitas e da educação populacional são excelentes ferramentas para o controle do câncer de pele [5,6].
Os tipos de câncer de pele diferem de acordo com as células que originam o tumor. As principais formas são o melanoma e os carcinomas de queratinócitos, grupo que engloba o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. Cada um desses subtipos apresenta características clínicas, prognósticos e padrões de crescimento distintos. Os carcinomas costumam evoluir de maneira lenta e localizada, enquanto o melanoma tem menor incidência, mas comportamento biológico mais agressivo, com alto potencial de invasão e metástase [5,6].
A exposição solar é o principal fator desencadeante de todos os tipos, embora o padrão de exposição varia conforme o subtipo. No carcinoma basocelular, o risco aumenta com a exposição solar intensa e esporádica desde a infância; no carcinoma espinocelular, o perigo decorre da exposição crônica e cumulativa ao longo dos anos; e no melanoma, observa-se influência tanto da exposição intermitente quanto da contínua, além de fatores genéticos e imunológicos [5,6].
O melanoma cutâneo é o câncer de pele que apresenta maior taxa de mortalidade devido à sua capacidade de se disseminar rapidamente para outros órgãos [6].
Esse tumor pode surgir sobre uma pinta preexistente ou desenvolver-se em uma área de pele sem lesões aparentes. As manifestações clínicas são variadas, mas geralmente envolvem alterações de cor, formato ou tamanho em uma lesão pigmentada. O acompanhamento dermatológico regular é a forma mais eficaz de reconhecer precocemente alterações suspeitas [6].
O melanoma é considerado perigoso justamente por sua evolução rápida e silenciosa. A ausência de sintomas nas fases iniciais e o intervalo curto entre o crescimento local e a disseminação sistêmica tornam o diagnóstico precoce determinante para a sobrevida do paciente [6].
Tanto o carcinoma basocelular como o espinocelular, derivam das células queratinocíticas da epiderme, mas apresentam comportamentos clínicos diferentes. O carcinoma basocelular é mais comum, representando cerca de oito em cada dez casos. Caracteriza-se pelo crescimento lento, aspecto nodular ou ulcerado e baixo risco de metástase. Apesar disso, pode provocar dano local importante quando não tratado, principalmente em áreas como rosto e pescoço [5].
O carcinoma espinocelular, por outro lado, é menos frequente, mas mais invasivo. Pode se desenvolver em áreas cronicamente expostas ao sol ou sobre lesões pré-existentes, como cicatrizes, úlceras e queratoses actínicas. Apresenta risco maior de disseminação linfática, principalmente em indivíduos imunossuprimidos, idosos ou com doenças cutâneas de longa duração [5].
Quanto ao prognóstico, ambos os tipos têm altas taxas de cura quando tratados precocemente, geralmente por meio de ressecção cirúrgica local. No entanto, o carcinoma espinocelular requer monitoramento mais próximo, devido ao seu potencial de recidiva e metástase regional [5].
O melanoma esporádico refere-se à maioria dos casos de melanoma cutâneo que ocorrem como eventos isolados, sem agregação familiar ou múltiplos tumores primários. Esses casos são predominantemente atribuídos à exposição à radiação ultravioleta e a fatores fenotípicos, como fototipo claro e presença de nevos, sem evidência de predisposição genética identificável [7-9].
Já o melanoma hereditário corresponde a uma minoria dos casos, estimada em cerca de 5% a 10% dos melanomas, caracterizando-se por agregação familiar (dois ou mais parentes de primeiro grau afetados), múltiplos melanomas primários em um mesmo indivíduo, início precoce (geralmente antes dos 40-45 anos) e, em alguns casos, associação com outros tumores, como câncer de pâncreas [7-9].
Deve-se suspeitar de melanoma hereditário nas seguintes situações:
Os principais genes associados ao risco hereditário de melanoma são CDKN2A (o mais comum), CDK4, BAP1, MITF, POT1, TERT, ACD e, menos frequentemente, BRCA2. O gene CDKN2A está relacionado à Síndrome do Nevo Atípico e Melanoma Familiar (FAMMM), sendo responsável por cerca de 20–40% dos casos familiares de melanoma. Mutação germinativa em CDKN2A confere risco elevado de múltiplos melanomas e está fortemente associada ao aumento do risco de câncer de pâncreas, além de outros tumores como câncer de mama e pulmão em algumas famílias [10].
O gene CDK4 é menos frequente, presente em menos de 2–3% das famílias com melanoma hereditário, e também está associado ao desenvolvimento de múltiplos melanomas, mas a associação com câncer de pâncreas é menos clara e menos prevalente que em CDKN2A.
Outros genes, como BAP1, estão ligados ao risco de melanoma uveal, mesotelioma e carcinoma renal, enquanto MITF (especialmente a variante p.E318K) aumenta o risco de melanoma e carcinoma renal, podendo também estar associado a câncer de pâncreas [9,10].
A associação entre esses genes e outros tumores é mais bem estabelecida para CDKN2A e câncer de pâncreas, com risco cumulativo estimado de até 17% para portadores até os 75 anos. A presença de múltiplos melanomas em um mesmo indivíduo, início precoce (<40–45 anos) e histórico familiar de melanoma e/ou câncer de pâncreas são critérios para suspeita de predisposição genética [11,12].
A análise molecular auxilia na identificação de mutações germinativas em famílias de alto risco para melanoma hereditário, pois permite estratificação precisa do risco, orientação do acompanhamento preventivo e decisões clínicas personalizadas [14,15].
A análise molecular pode ser realizada por painéis multigênicos, que aumentam o rendimento diagnóstico em famílias sem mutações em CDKN2A/CDK4, ou por testes focados em genes de alta penetrância, dependendo do contexto clínico e familiar. A identificação de variantes patogênicas permite confirmar o diagnóstico de melanoma hereditário e orientar o rastreamento de familiares [14,15].
A detecção de mutações germinativas tem impacto direto no aconselhamento genético, permitindo informar o risco individual e familiar, discutir estratégias de prevenção e indicar rastreamento personalizado.
Indivíduos portadores de mutações devem realizar exames dermatológicos completos, fotografia corporal total e dermatoscopia em intervalos reduzidos (geralmente semestrais ou anuais, conforme risco e histórico), além de vigilância para outros tumores, como câncer de pâncreas em portadores de mutações em CDKN2A [14-16].
O rastreamento pancreático pode incluir ressonância magnética ou ultrassonografia endoscópica, embora a eficácia dessas estratégias ainda esteja sob avaliação. A análise molecular também aumenta a adesão ao acompanhamento preventivo e promove mudanças comportamentais, como maior uso de fotoproteção e autoexame cutâneo [14-16].
A análise genética somática do tumor auxilia no diagnóstico e manejo do melanoma, permitindo a identificação de variantes em genes como BRAF, NRAS e KIT, que definem subtipos moleculares e orientam decisões terapêuticas.
A classificação molecular do melanoma inclui os grupos BRAF mutado, NRAS mutado, KIT mutado, NF1 mutado e triple wild-type, cada um com implicações clínicas e terapêuticas distintas [17-19].
As técnicas de detecção incluem NGS (sequenciamento de nova geração), ddPCR (droplet digital PCR), FISH e painéis multigênicos, capazes de identificar variantes de baixa frequência e múltiplas alterações simultâneas, aumentando a sensibilidade diagnóstica e permitindo a caracterização detalhada do perfil tumoral.
A correlação entre mutações e características clínicas, histopatológicas e dermatoscópicas é relevante: melanomas BRAF mutados tendem a apresentar maior índice mitótico e ulceração, enquanto NRAS mutados são mais comuns em melanomas nodulares e amelanóticos, frequentemente associados a pior prognóstico [17-19].
A análise molecular contribui para a personalização do tratamento do melanoma avançado ao permitir a seleção de terapias-alvo e imunoterapias conforme o perfil genético do tumor. Biomarcadores como carga mutacional tumoral (TMB), assinaturas de expressão gênica e presença de neoantígenos auxiliam na previsão de resposta à imunoterapia, sendo tumores com TMB elevado mais propensos a responder a inibidores de checkpoint, por exemplo [17-19].
Em síntese, a análise genética somática do tumor é indispensável para o diagnóstico preciso, estratificação prognóstica e escolha racional de terapias em melanoma avançado, promovendo a medicina personalizada e otimizando os resultados clínicos.
Os sintomas do câncer de pele geralmente se manifestam por meio de manchas, pintas ou feridas que surgem ou se modificam com o tempo. Alterações em tamanho, formato, cor, textura ou na sensação local (como coceira, dor ou sangramento) devem sempre despertar atenção [20].
No caso do melanoma, a identificação precoce depende da observação de mudanças sutis em lesões pigmentadas. Já para os carcinomas não melanoma, é comum o aparecimento de lesões persistentes, crostosas ou que não cicatrizam. Tanto médicos quanto pacientes devem estar atentos a qualquer mudança visível ou sensitiva na pele, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença, fototipo claro ou exposição solar frequente [20].
A regra do ABCDE é um método clínico e educativo amplamente recomendado para reconhecer precocemente manchas suspeitas de melanoma. Ela auxilia na diferenciação entre pintas benignas e lesões potencialmente malignas, facilitando o diagnóstico precoce [20,21].
Tabela: Checklist – Como identificar sinais suspeitos (Regra do ABCDE) [20,21]
| Critério | Descrição | Indicação de alerta | 
| A – Assimetria | Uma metade da lesão é diferente da outra | A pinta parece desigual | 
| B – Borda | Bordas irregulares, entalhadas ou mal definidas | Contornos não uniformes | 
| C – Cor | Presença de múltiplas tonalidades (marrom, preto, avermelhado, branco ou azul) | Variação de cor dentro da mesma lesão | 
| D – Diâmetro | Geralmente maior que 6 mm (aproximadamente o tamanho de uma borracha de lápis) | Lesão igual ou maior que 6 mm | 
| E – Evolução | Mudanças recentes em tamanho, cor, formato ou sintomas (coceira, dor, sangramento) | Pinta que se transforma ao longo do tempo | 
Além desses critérios, deve-se ter atenção ao chamado “sinal do patinho feio”, que descreve uma lesão que se diferencia das demais pintas do corpo por seu aspecto e coloração [20,21].
Nem todas as lesões suspeitas de câncer de pele apresentam pigmentação escura. Os carcinomas não melanoma, que incluem o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, possuem características distintas e frequentemente são confundidos com feridas comuns [22].
Outros sinais que justificam avaliação médica incluem:
Qualquer alteração persistente na pele deve ser examinada por um dermatologista. A biópsia é o procedimento indicado para confirmar o diagnóstico e definir o tratamento adequado. O reconhecimento precoce das lesões suspeitas, melanomas ou não, é decisivo para aumentar as chances de cura e reduzir complicações clínicas [22].
O diagnóstico do câncer de pele começa com a observação clínica de manchas, pintas ou feridas que se modificam com o tempo, apresentam bordas irregulares, mudanças de cor, crescimento progressivo ou dificuldade de cicatrização.
O exame para detectar câncer de pele é realizado, inicialmente, por um dermatologista, que avalia visualmente as lesões e decide sobre a necessidade de exames complementares [20].
Entre as ferramentas utilizadas, destacam-se a dermatoscopia e a biópsia, consideradas fundamentais para a confirmação diagnóstica. Já os exames de imagem e laboratoriais são reservados para casos específicos, quando há suspeita de disseminação do tumor ou acometimento de linfonodos [20].
A dermatoscopia é um exame não invasivo, realizado no consultório, que permite observar estruturas da pele com maior detalhe. Utilizando um dermatoscópio, aparelho que amplia e ilumina a superfície cutânea, o médico consegue visualizar padrões de cor e vascularização invisíveis a olho nu [20].
Esse exame aumenta consideravelmente a acurácia do diagnóstico clínico, permitindo ao dermatologista distinguir lesões benignas das malignas e reduzir o número de biópsias desnecessárias. Profissionais com experiência em dermatoscopia obtêm os melhores resultados, especialmente em casos de melanoma e carcinomas cutâneos [20].
Quando há suspeita de malignidade, realiza-se a biópsia, que consiste na remoção de um fragmento da lesão para análise histopatológica. Esse procedimento é considerado o padrão-ouro para confirmação diagnóstica de todos os tipos de câncer de pele. O material coletado é examinado em laboratório, onde são avaliadas características celulares que confirmam ou descartam o diagnóstico [20].
Os exames de imagem e os testes laboratoriais não fazem parte da avaliação inicial do câncer de pele, mas são indicados em casos específicos, geralmente quando há melanoma invasivo ou lesões de alto risco [20].
Após a confirmação do diagnóstico por biópsia, o médico pode solicitar [20]:
De modo geral, o diagnóstico do câncer de pele é baseado na avaliação clínica detalhada, dermatoscopia e biópsia. A decisão sobre exames complementares deve sempre ser conduzida pelo dermatologista, que define a necessidade conforme o tipo, a extensão e o estágio da lesão.
A prevenção do câncer de pele baseia-se em reduzir a exposição à radiação ultravioleta (UV), principal fator de risco da doença. O uso diário de protetor solar, roupas adequadas e o planejamento das atividades ao ar livre são atitudes simples e eficazes. A radiação UV está presente mesmo em dias nublados e pode refletir em superfícies como água, areia e concreto, aumentando a exposição sem que a pessoa perceba [20].
O protetor solar deve ter FPS igual ou superior a 30 e proteção UVA/UVB. A quantidade recomendada é de cerca de 30 mL (um copo de shot) para cobrir todas as áreas expostas, incluindo orelhas, pescoço, pés, dorso das mãos e lábios (com FPS ≥ 30). Deve ser aplicado 15 minutos antes da exposição e reaplicado a cada 2 horas ou após suor, banho ou mergulho. O uso contínuo é essencial para prevenir queimaduras, envelhecimento precoce e câncer de pele [20].
O uso de roupas de mangas longas e tecidos com fator de proteção ultravioleta (UPF) ≥ 30, chapéus de aba larga (mínimo de 7,5 cm) e óculos com filtro UV400 ajuda a proteger áreas frequentemente expostas. Bonés com proteção para nuca são úteis em atividades externas prolongadas. O uso combinado de vestuário e protetor solar oferece a proteção mais eficaz [20].
Entre 10h e 16h, a radiação solar é mais intensa. Quando o Índice Ultravioleta (IUV) ultrapassa 6, o risco de dano à pele é alto, mesmo com exposição curta. Monitorar o IUV em aplicativos meteorológicos e buscar sombra durante esses horários são medidas que complementam a fotoproteção [20].
Trabalhadores ao ar livre devem usar EPIs com proteção UV, como roupas com UPF ≥ 30, chapéus, óculos escuros e protetor solar. É importante garantir pausas à sombra, ajuste de horários para evitar o pico de radiação e programas de conscientização sobre riscos solares. Essas ações reduzem a incidência de carcinomas cutâneos e demonstram compromisso das empresas com a saúde de seus colaboradores [20].
Entre os exames oferecidos para o diagnóstico do câncer de pele, destacam-se:
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A principal forma de prevenção do câncer de pele é a fotoproteção diária, evitando a exposição solar entre 10h e 16h e utilizando protetor solar FPS ≥ 30 com reaplicação a cada 2 horas.
Os três principais tipos de câncer de pele são: carcinoma basocelular, o mais comum e de crescimento lento, carcinoma espinocelular, mais invasivo e com maior risco de metástase e o Melanoma, o tipo menos frequente, porém o mais agressivo, com alto potencial de disseminação.
 
Os primeiros sinais de melanoma seguem a regra do ABCDE, que avalia as características das pintas suspeitas: A – Assimetria: uma metade diferente da outra; B – Borda: contornos irregulares; C – Cor: variação de tons (marrom, preto, avermelhado, azul ou branco); D – Diâmetro: maior que 6 mm; E – Evolução: mudanças em tamanho, cor, formato ou sintomas (coceira, dor, sangramento).
 
O diagnóstico é realizado pelo dermatologista, por meio de exame clínico e dermatoscopia, técnica que permite observar detalhes invisíveis a olho nu. A biópsia confirma o diagnóstico, com análise histopatológica da lesão. Exames moleculares complementares de alta precisão também auxiliam na caracterização genética e no prognóstico do tumor.
Sim. A maioria dos casos tem alta taxa de cura quando diagnosticada precocemente. O melanoma, porém, é o tipo mais perigoso devido ao risco de metástase. O tratamento é mais eficaz quando o diagnóstico é feito nas fases iniciais, reforçando a importância da avaliação dermatológica periódica.
A quimioterapia não é o tratamento padrão na maioria dos casos. Ela pode ser indicada em estágios avançados ou quando há metástases, especialmente em melanomas. Em situações específicas, são utilizadas terapias-alvo e imunoterapias, conforme o perfil genético do tumor.
Para trabalhadores expostos ao sol, a prevenção ocupacional inclui o uso de EPIs com proteção UV, como roupas com UPF ≥ 30, chapéus com proteção para a nuca, óculos escuros e protetor solar fornecidos pela empresa. Também devem ser adotadas pausas à sombra, ajustes de horário para evitar o pico de radiação e ações educativas sobre os riscos da exposição solar.
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