Intolerância A Glúten: O Que É, Sintomas E Diagnóstico | Synlab

Intolerância ao glúten: o que é, sintomas e como diagnosticar

Publicado por Synlab em 08 de maio de 2024
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O glúten é constituído de diferentes prolaminas (proteínas de armazenamento) presentes principalmente no trigo, mas pode ser encontrado também na cevada, centeio e aveia. O termo intolerância ao glúten pode referir-se a três tipos de patologias:

 

  1. Doença celíaca autoimune;
  2. Intolerância a glúten não celíaca;
  3. Alergia ao trigo.

 

Abaixo nos aprofundamos em cada uma das condições citadas.

 

O que é a doença celíaca autoimune?

A doença celíaca é uma condição autoimune, ou seja, as próprias células de defesa imunológica agridem as células do organismo, resultando em um processo inflamatório que pode ocorrer tanto em crianças quanto em adultos (1).

 

Essa inflamação acontece no intestino delgado, mais especificamente na sua parede interna, o que provoca a atrofia das vilosidades do intestino delgado, ocasionando a má absorção de nutrientes.

 

Esta condição é induzida por alimentos com glúten em pessoas portadoras do haplótipo HLA-DQ2 (90% dos casos) ou DQ8 (6% dos casos). Esse elemento, geralmente encontrado em cereais como trigo, cevada e centeio, interage com os marcadores HLA, causando uma resposta imune anormal da mucosa e consequente lesão tecidual.

 

A seguir, entenda mais sobre o diagnóstico, sintomas e características da doença celíaca.

 

Como é o diagnóstico da doença celíaca?

O diagnóstico da doença celíaca consiste inicialmente em exames sorológicos para avaliação dos anticorpos (2):

 

  • Anti-transglutaminase tecidual;
  • Anti-endomísio;
  • Anti-gliadina;
  • Imunoglobulina A.

 

Caso a sorologia seja positiva, é necessário realizar a biópsia duodenal para confirmação do diagnóstico.

 

Intolerância ao glúten: o que é, sintomas e como diagnosticar

 

Quando suspeitar de doença celíaca? Veja os sintomas mais frequentes

Em crianças os sintomas mais frequentes da doença celíaca são (3):

 

  • Dor e distensão abdominal;
  • Diarreia crônica;
  • Vômito;
  • Prisão de ventre;
  • Fezes claras, fétidas ou gordurosas;
  • Anemia por deficiência de ferro;
  • Perda de peso;
  • Fadiga;
  • Irritabilidade e problemas comportamentais;
  • Defeitos do esmalte dentário permanentes;
  • Atraso no crescimento e puberdade;
  • Baixa estatura;
  • Deficiência de crescimento;
  • Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

 

Já em adultos os sintomas mais comuns são:

 

  • Anemia por deficiência de ferro inexplicada;
  • Fadiga;
  • Dores nos ossos ou nas articulações;
  • Artrite, osteoporose ou osteopenia;
  • Distúrbios hepáticos e do trato biliar (transaminite, esteatose hepática colangite esclerosante primária, entre outras);
  • Depressão ou ansiedade;
  • Neuropatia periférica (formigamento, dormência ou dor nas mãos e pés);
  • Convulsões;
  • Enxaquecas;
  • Alterações de períodos menstruais;
  • Infertilidade ou perdas gestacionais recorrentes;
  • Aftas e dermatite herpetiforme (erupção cutânea com comichão).

 

O que é a intolerância ao glúten não celíaca?

A intolerância ao glúten não celíaca é diagnosticada mais frequentemente em adultos do que em crianças (4). Os primeiros casos da doença não celíaca (NCGS) foram descritos como patologia não conclusiva com sintomas de dor abdominal, desconforto, distensão abdominal, alteração da permeabilidade intestinal e fadiga, sendo excluída a hipótese de doença Celíaca.

 

Neste caso, aproximadamente 50% dos portadores apresentam prevalência dos haplótipos HLA-DQ2 e/ou HLA-DQ8 (5). No entanto, não apresentam anticorpos anti-transglutaminase identificados. Sendo assim, o glúten somente desencadeou uma resposta imune, levando ao aumento da expressão de interleucinas, como IL-6, IL-21, IL-17 e IFN-γ (6).

 

Especula-se que a microbiota também possa participar na patogênese da intolerância ao glúten não celíaca. Sugere-se que a composição da microbiota intestinal e os perfis metabolômicos possam ter influência sobre a redução de tolerância ao glúten em indivíduos geneticamente susceptíveis (7).

 

Os pacientes com intolerância ao glúten não celíaca também apresentam deficiências nutricionais, outras doenças autoimunes e densidade mineral óssea diminuída em comparação com a população em geral.

 

Quais são os principais sintomas da intolerância ao glúten não celíaca?

Os sintomas da intolerância ao glúten não celíaca são muito semelhantes aos da doença celíaca autoimune. Indivíduos que sofrem desse problema costumam ter (8):

 

  • Dor abdominal;
  • Distensão;
  • Alteração de permeabilidade intestinal;
  • Diarreia ou constipação.

 

Os casos de intolerância ao glúten têm sido reconhecidos como síndrome do intestino irritável (SII). Além dos sintomas intestinais, sugere-se que os peptídeos relacionadas ao glúten entrem na circulação sistêmica podendo causar:

 

  • Quadros neurológicos como ataxia;
  • Neuropatia;
  • Encefalopatia;
  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Autismo;
  • Esquizofrenia;
  • Psicose.

 

O que é a alergia ao trigo?

A alergia ao trigo é uma alergia alimentar mediada por imunoglobulina E (IgE) e é uma das oito principais alergias alimentares.

 

Quando um alérgeno se liga a anticorpos IgE, induz a ativação de mastócitos e basófilos. No caso do trigo, supõe-se que a alergia ocorra devido a uma alteração da tolerância oral e, como consequência da desregulação imunológica do tipo Th2, induz a sensibilização e a produção de IgE de alérgeno específico para células B (9).

 

Dependendo da via de exposição ao alérgeno, a alergia ao trigo pode ser classificada como:

 

  • Asma ocupacional (asma de padeiro) e rinite;
  • Alergia alimentar, com acometimento de pele, trato gastrointestinal ou respiratório;
  • Anafilaxia induzida por exercício dependente de trigo;
  • Urticária de contato.

 

Possui maior prevalência em crianças, incluindo sintomas como dermatite atópica moderada a grave. A ingestão de trigo pode provocar urticária, angioedema, obstrução brônquica, náusea, dor abdominal ou em casos graves, anafilaxia sistêmica (10).

 

Já em adultos, os sintomas gastrointestinais provocados pela ingestão podem ser leves e de difícil reconhecimento, sendo os sintomas mais comuns diarreia e distensão abdominal.

 

Diante deste cenário, a SYNLAB, além de disponibilizar as dosagens sorológicas de anticorpos anti-transglutaminase tecidual, anti-endomísio, anti-gliadina e imunoglobulina A, disponibiliza diferentes exames de inovação contemplando a análise de intolerância ao glúten ou alergia ao trigo.

 

Como são as fezes de quem tem intolerância ao glúten?

As fezes dos pacientes com intolerância ao glúten costumam ser (3):

 

  • pálidas;
  • aquosas;
  • volumosas;
  • fétidas — em vista da má absorção de gordura.

 

No entanto, em alguns casos menos frequentes, o paciente pode apresentar constipação (11).

 

Como são os tratamentos para intolerância ao glúten

Os tratamentos e práticas que podem ajudar a gerenciar essa condição e melhorar a qualidade de vida incluem:

 

Dieta sem glúten

O tratamento primário e mais eficaz para a intolerância ao glúten é a adoção de uma dieta estritamente sem glúten. Isso significa eliminar todos os alimentos que contêm glúten, incluindo pães, massas, bolos e muitos processados. A transição para uma dieta sem glúten pode ser desafiadora, mas é essencial para evitar os danos que o glúten pode causar ao intestino delgado de pessoas com doença celíaca.

 

Além de evitar o glúten, é importante garantir que a dieta seja nutricionalmente equilibrada e rica em vitaminas e minerais. Muitos alimentos naturalmente sem glúten, como frutas, vegetais, carnes, peixes e laticínios, podem fornecer os nutrientes necessários.

 

Além disso, há uma crescente variedade de produtos sem glúten disponíveis no mercado que são enriquecidos com vitaminas e fibras, ajudando a manter uma dieta variada e nutritiva.

 

Acompanhamento médico e nutricional

Embora a dieta sem glúten seja o tratamento central para a intolerância ao glúten, o acompanhamento médico e nutricional é crucial. Um gastroenterologista pode realizar exames para monitorar a saúde intestinal e a adesão à dieta sem glúten.

 

Já o nutricionista é o profissional indicado para orientar sobre as melhores escolhas alimentares e garantir que a dieta atenda a todas as necessidades nutricionais do indivíduo.

 

É também importante estar atento à contaminação cruzada, que pode ocorrer quando alimentos sem glúten entram em contato com alimentos que contêm glúten. Isso pode acontecer na cozinha de casa ou em restaurantes, por isso é essencial tomar medidas para evitar essa contaminação, como usar utensílios separados e áreas de preparação específicas para alimentos sem glúten.

 

Como saber qual exame devo escolher para descobrir se tenho intolerância ao glúten?

Não existe um único exame para diagnosticar a intolerância ao glúten. Uma combinação de avaliação clínica e exames laboratoriais é necessária. Exames de sangue para detectar anticorpos como anti-endomísio, anti-transglutaminase tecidual e anti-gliadina são comuns.

Para saber qual exame deve ser realizado para o  diagnóstico de intolerância ao glúten, é preciso considerar que o termo pode referir-se a dois tipos de patologias:

 

  1. Doença celíaca autoimune;
  2. Intolerância a glúten não celíaca.

 

Dessa forma, somente um médico especialista poderá indicar qual teste deverá ser feito, considerando os sintomas apresentados e o histórico clínico do paciente.

 

O Grupo SYNLAB, líder na prestação de serviços de diagnóstico médico na Europa, realiza uma gama completa de análises clínicas laboratoriais a pacientes, profissionais de saúde, clínicas e indústria farmacêutica. A seguir, veja quais exames a instituição oferece para a identificação de intolerância ao glúten.

 

 

Exames de intolerância ao glúten — veja quais a SYNLAB oferece para cada patologia relacionada ao elemento

Os exames que a SYNLAB disponibiliza para análise de intolerância ao glúten são:

 

O exame de intolerância ao glúten: Celia Test

O Celia Test realiza a análise dos haplótipos:

 

  • HLA-DQ2, que costuma estar associado com 90% dos casos;
  • HLA-DQ8, geralmente relacionado com 6% dos pacientes com intolerância.

 

O exame está indicado para:

 

  • Indivíduos com suspeita clínica e estudo sorológico negativo, antes de realizar a biópsia de duodeno;
  • Investigar a suscetibilidade genética em familiares de um paciente celíaco;
  • Pessoas com estudos sorológicos positivos;
  • Para aqueles que seguem uma dieta sem glúten, sem apresentarem um diagnóstico correto;
  • Os casos nos quais há reintrodução do glúten, após dieta de exclusão.

 

 

O exame de intolerância ao glúten e lactose: Intolerance 2

O teste Intolerance 2 permite saber em uma única análise, através de uma simples coleta de sangue, se existe uma predisposição genética para a doença celíaca, pela análise dos haplótipos HLA-DQ2 e HLA-DQ8 e também de intolerância à lactose primária pela análise da variante -13910C>T no gene MCM6, responsável pela produção da enzima lactase, associado a 90% dos casos de intolerância a lactose.

 

O exame é indicado para pacientes com:

 

  • Suspeita clínica de doença celíaca e estudo sorológico negativo, antes de realização da biópsia de duodeno;
  • Sorologia positiva para doença celíaca que rejeitam a biópsia duodenal;
  • Sintomatologia compatível com doença celíaca;
  • Sintomatologia compatível com intolerância à lactose.

 

 

Wellness check

Por meio de uma simples coleta de sangue, o teste Wellness Check fornece informações sobre a predisposição genética à regulação metabólica e processos relacionados à nutrição do paciente. Dessa forma, é possível planejar uma dieta adequada e personalizada.

 

Além de realizar a análise de intolerância ao glúten pela avaliação dos haplótipos HLA-DQ2 e HLA-DQ8, determina variantes genéticas em 24 genes relacionados com:

 

  • Colesterol;
  • Metabolização da cafeína;
  • Perfil lipídico;
  • Risco de osteoporose;
  • Detoxificação do fígado;
  • Intolerância à lactose;
  • Sensibilidade ao sal;
  • Metabolização do álcool;
  • Estresse oxidativo;
  • Metabolismo da homocisteína;
  • Resposta inflamatória.

 

O exame é indicado para pessoas que:

 

  • Desejam manter e melhorar seu estado atual de saúde, prevenindo, na medida do possível, as doenças crônicas frequentes na idade adulta;
  • Tenham histórico familiar de doenças frequentes na idade adulta;
  • Possuam transtornos no desenvolvimento neurológico ou com doenças crônicas, a fim de melhorar a sua qualidade de vida através da nutrição.

 

 

Veja mais sobre o exame da SYNLAB em: Wellness Check – A genética do metabolismo, nutrição e bem-estar

 

 

Exame A200

O exame A200 avalia a reatividade de IgG (reação de hipersensibilidade) frente às proteínas do glúten e mais 216 alimentos da dieta mediterrânea. Com uma simples coleta de sangue é possível saber quais alimentos podem ser potencialmente prejudiciais à sua saúde.

 

O exame é indicado para pacientes com transtornos gastrointestinais e musculoesqueléticos, doenças e alterações respiratórias e dermatológicas, patologias neurológicas, psicológicas, entre outros. Alguns exemplos são:

 

  • Dores abdominais;
  • Prisão de ventre;
  • Diarreias;
  • Inchaços na barriga;
  • Gastrite;
  • Asma;
  • Tosse persistente;
  • Bronquite;
  • Acne;
  • Eczema;
  • Urticária;
  • Enxaqueca;
  • Tontura;
  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Hiperatividade
  • Artrite;
  • Fibromialgia
  • Retenção de líquidos;
  • Obesidade.

 

 

Qual é o exame de alergia ao trigo?

O exame que a SYNLAB disponibiliza para análise de alergia ao trigo é: ISAC.

 

O teste ISAC consiste na determinação simultânea de anticorpos IgE específicos para 112 proteínas alergênicas, presente em mais de 50 alérgenos diferentes, incluindo o trigo, a partir de uma única amostra de sangue (plasma ou soro). A análise permite obter um perfil de sensibilização individual, e os resultados são classificados em quatro categorias:

 

  1. reação indetectável;
  2. baixa;
  3. moderada-alta;
  4. muito alta.

 

O exame é indicado para:

 

  • indivíduos nos quais não se observa uma correlação entre a positividade dos testes convencionais de alergia e sintomas;
  • casos complexos e com resposta insatisfatória ao tratamento;
  • avaliar pacientes com anafilaxia idiopática;
  • detectar sensibilizações suspeitas e não suspeitas.

 

Seja parceiro da SYNLAB e amplie a capacidade de exames da sua instituição de saúde!

A realização de exames precisos e atualizados é essencial para a realização de diagnósticos mais assertivos e para o melhor direcionamento dos tratamentos. A SYNLAB está aqui para te ajudar.

 

Nós oferecemos soluções diagnósticas com rigoroso controle de qualidade às empresas, pacientes e médicos que atendemos. Há mais de 10 anos no Brasil, atuamos em 36 países e três continentes, sendo líder na prestação de serviços na Europa.

 

Entre em contato com a equipe SYNLAB e conheça os exames disponíveis.

 

  1. AZIZ, I.; LEWIS, N. R.; HADJIVASSILIOU, M.; WINFIELD, S. N.; RUGG, N.; KELSALL, A.; NEWRICK, L.; SANDERS, D. S. A UK study assessing the population prevalence of self-reported gluten sensitivity and referral characteristics to secondary care. European journal of gastroenterology & hepatology, [S. l.], v. 26, n. 1, 2014. DOI: 10.1097/01.meg.0000435546.87251.f7.
  2. CATASSI, C.; GATTI, S.; LIONETTI, E. World perspective and celiac disease epidemiology. Digestive diseases , [S. l.], v. 33, n. 2, 2015. DOI: 10.1159/000369518.
  3. CHEHADE, M.; MAYER, L. Oral tolerance and its relation to food hypersensitivities. The Journal of allergy and clinical immunology, [S. l.], v. 115, n. 1, 2005. DOI: 10.1016/j.jaci.2004.11.008.
  4. MAKHARIA, Archita; CATASSI, Carlo; MAKHARIA, Govind K. The Overlap between Irritable Bowel Syndrome and Non-Celiac Gluten Sensitivity: A Clinical Dilemma. Nutrients, [S. l.], v. 7, n. 12, p. 10417, 2015.
  5. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/Gh38SVTy6nzPzNxzsPHzwFv/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 15 fev. 2023.
  6. RAMESH, S. Food allergy overview in children. Clinical reviews in allergy & immunology, [S. l.], v. 34, n. 2, 2008. DOI: 10.1007/s12016-007-8034-1.
  7. SANDERS, D. S.; AZIZ, I. Non-celiac wheat sensitivity: separating the wheat from the chat! The American journal of gastroenterology, [S. l.], v. 107, n. 12, 2012. DOI: 10.1038/ajg.2012.344.
  8. SAPONE, A. et al. Divergence of gut permeability and mucosal immune gene expression in two gluten-associated conditions: celiac disease and gluten sensitivity. BMC medicine, [S. l.], v. 9, 2011. DOI: 10.1186/1741-7015-9-23.
  9. Symptoms of Celiac Disease. [s.d.]. Disponível em: https://celiac.org/about-celiac-disease/symptoms-of-celiac-disease/. Acesso em: 15 fev. 2023.
  10. VOLTA, Umberto; BARDELLA, Maria Teresa; CALABRÒ, Antonino; TRONCONE, Riccardo; CORAZZA, Gino Roberto. An Italian prospective multicenter survey on patients suspected of having non-celiac gluten sensitivity. BMC medicine, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 1–8, 2014.
  11. BOÉ, Cristiane; LOZINSKY, Adriana Chebar; PATRÍCIO, Francy Reis; ANDRADE, Jacy Alves B. De; FAGUNDES-NETO, Ulysses. Doença celíaca e constipação: uma manifestação clínica atípica e pouco frequente. Revista Paulista de Pediatria, [S. l.], v. 30, n. 2, p. 283–287, 2012.
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